O Ministério das Cidades publicou no Diário Oficial da União as 76 iniciativas habilitadas para a fase de julgamento técnico do Prêmio Bicicleta Brasil. Todos os projetos vão receber o Selo Bicicleta Brasil, um símbolo de reconhecimento de boas práticas que incentivem o uso da bicicleta pelo país.
As iniciativas são de 15 estados, sendo os líderes em quantidade de projetos o Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo. “Temos projetos de aldeias indígenas, de áreas rurais, de periferias, de cidades médias, grandes. Isso representa uma gama de boas ideias que vão inspirar outras boas ideias em diversos cantos do país”, disse, em nota, o secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia.
O Pará tem cinco projetos que incentivam o uso de bikes participando do Prêmio Bicicleta Brasil, promovido pelo Ministério das Cidades. Em todo o país, estão inscritas 74 iniciativas que estimulam o uso de bicicletas. As propostas paraenses são de Ananindeua, Barcarena, Belém, Santarém e São Domingos do Capim, e a maior parte delas vem de iniciativas da sociedade civil organizada.
Os projetos paraenses concorrem nas categorias “Fomento à Cultura da Bicicleta”, “Incentivo ao Uso da Bicicleta” e “Mobilização e Incidência Política”. O ministro das Cidades, Jader Filho, ressalta que o Prêmio Bicicleta Brasil é um importante agente incentivador para a meta de tornar a mobilidade urbana cada vez mais sustentável.
“As mudanças climáticas são realidade e precisamos que as cidades brasileiras se tornem cada vez mais resilientes e sustentáveis diante deste cenário. Parte disso envolve a mobilidade urbana, com a adoção de novas práticas e hábitos, como o uso de bicicletas", disse o ministro.
Jader Filho acrescentou que a utilização da bicicleta "deve ser incentivada como parte da ação de descarbonização, já que não polui o meio ambiente, como os veículos particulares a combustão. Aí que mora a proposta do Prêmio Bicicleta Brasil, onde iremos premiar as iniciativas da sociedade civil organizada que trazem grandes impactos positivos à coletividade”, observou o ministro.
Confira as propostas paraenses
Em Ananindeua, o Coletivo Paráciclo teve dois projetos inscritos: um deles, o “Perifa na Pista”, incentiva mulheres a fazer deslocamentos nas periferias da Grande Belém usando a bicicleta como o principal meio de transporte. A proposta está dentro da categoria “Mobilização e Incidência Política”.
O outro projeto do Paráciclo – está na categoria “Fomento à Cultura da Bicicleta” – e é o “Bicicletas Douradas”. Esse implementa um sistema comunitário de empréstimo de bicicletas na Ilha de Cotijuba, na região insular de Belém. A Ilha é conhecida por ter como principais meios de transporte as bicicletas e as motocicletas e suas adaptações, como as “motorretes”, similares a charretes, mas movidas por motos.
Também na categoria “Fomento à Cultura da Bicicleta”, o Instituto Manikara, que promove ações de desenvolvimento socioambiental, saúde, educação e empreendedorismo na Amazônia, teve o projeto “Manutenção e Montagem de Bikes” inscrito. A iniciativa consiste na realização de cursos de capacitação para a manutenção e montagem das bicicletas no município de Barcarena, na Região Metropolitana de Belém.
Em Santarém, o projeto “Amazônia de Bike” fomenta o uso da bicicleta na região do Baixo Amazonas, por meio da realização de encontros e aulas práticas e teóricas. A iniciativa é da Muriki Cicloturismo, empresa do setor privado, e está enquadrada na categoria “Incentivo ao Uso da Bicicleta”.
No município de São Domingos do Capim, no nordeste do Pará, a Federação dos Povos Quilombolas e Populações Tradicionais da Amazônia (FEPQUIPTRAM) promove o uso da bicicleta em uma aldeia indígena e essa proposta que está inscrita no Prêmio Bicicleta Brasil. A ação busca valorizar o uso consciente deste modal, quer seja no trabalho, esporte ou lazer dos povos indígenas da região.
Habilitada em Barcarena/PA
“Assim, a bicicleta avança em direção ao desenvolvimento de um transporte público integrado e menos poluente”, acrescentou.
Após a fase de avaliação das iniciativas, os vencedores receberão troféus e certificados e, para as organizações da sociedade civil, haverá ainda recompensas em dinheiro. O primeiro lugar de cada categoria será premiado com R$ 50 mil, o segundo com R$ 20 mil e o terceiro com R$ 5 mil.
A premiação é dividida em seis categorias: Incentivo ao Uso da Bicicleta; Fomento à Cultura da Bicicleta; Projetos, Planos, Programa e Urbanização; Mobilização e Incidência Política; Segurança Viária e Sistemas de Informação e Redes.
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