BELÉM, PA – Aos 18 anos, a belenense Ludmila Moy está prestes a encarar seu terceiro campeonato de fisiculturismo, consolidando uma jornada que começou por pura curiosidade e se transformou em paixão, disciplina e um estilo de vida. Nascida em 08 de dezembro de 2006, a jovem estudante de Educação Física superou as barreiras financeiras e o ceticismo para se tornar uma atleta promissora no esporte.
Antes de encontrar a sua vocação, Ludmila, filha da cabeleireira Elaine Moy, buscou sua identidade em diversas modalidades: "Ainda criança, entre 10 e 14 anos, sempre me interessei por esportes e tentei vôlei, Crossfit, natação e até balé, mas ainda não tinha me identificado inteiramente", relata a atleta.
O Encontro com a Paixão e o Início do Processo
A virada de chave aconteceu aos 17 anos, de forma inusitada. A caminho de um curso pré-vestibular, Ludmila se deparou com um evento de fisiculturismo e, com uma pulseira de acesso, começou a frequentar e a trabalhar com vendas de suplementos no local. Foi ali, nos bastidores das competições, que o sonho de subir ao palco nasceu.
"Em certo momento eu me perguntei: 'será que consigo chegar ali?' E dali em diante senti que era algo que eu me identificava", conta Ludmila. No entanto, o fisiculturismo, um esporte de alto custo que exige dedicação integral com dieta e treinamento, parecia um sonho quase impossível para quem vinha de uma família com "recursos um pouco limitados".
Pilares de Apoio e a Força Feminina nos Palcos
A realização do sonho só foi possível graças à rede de apoio que a atleta construiu. Apresentada ao seu Coach Augusto Kzan pela amiga Missi, ela encontrou o incentivo e o direcionamento técnico essenciais. A figura materna, Elaine Moy, cabeleireira e mãe de Ludmila, completa o trio de pilares que a sustentam.
"Meu Coach Augusto Kzan, junto com minha mãe, são meus maiores pilares nessa caminhada, na qual acreditaram no meu potencial, me incentivaram, me ajudam todos os dias a ser uma pessoa melhor e a levar o esporte para frente", afirma Ludmila.
A jovem atleta de Belém também faz questão de destacar a importância e o desafio de ser uma mulher neste esporte, que por muito tempo foi majoritariamente masculino. Ao falar sobre o tema, ela se mostra determinada e empoderada:
"O fisiculturismo feminino é a prova viva da nossa força e resiliência. Quebramos o padrão de que força é só para homens. Cada mulher no palco está ali para inspirar outras a se desafiarem. Meu desejo é que mais meninas entendam que, mesmo com dificuldades, a disciplina e a paixão nos levam a lugares grandiosos. Estamos transformando a beleza em força e o processo em vitória."
Olhar no Futuro: Quem Não Suporta o Processo...
Com 18 anos e se preparando intensamente para sua terceira competição, Ludmila já projeta uma carreira de sucesso e longevidade no fisiculturismo. Ela carrega consigo uma filosofia de vida que resume sua jornada de superação e foco:
"Deixo aqui uma frase que levo comigo: 'Quem não suporta o processo nunca chegará em coisas grandiosas'. Sonhe e realize", conclui a atleta, agradecendo a seu coach, ao Team Kzan e à sua mãe por todo o apoio recebido. Ludmila Moy é mais um talento paraense a brilhar, mostrando que no esporte, a determinação e a paixão são capazes de moldar não só o corpo, mas o futuro.
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